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Sobre “Tolkien”, a cinebiografia!

Por Mireille Balieiro.

Em 2017 fomos surpreendidos pela notícia da produção da cinebiografia de J.R.R Tolkien. Saiba tudo sobre o filme, com estréia para Maio de 2019!

Na realidade, o projeto — da produtora Chernin Entertainment sob distribuição da FOX Searchlight Pictures — estava previsto desde 2013, época em que o filme se chamaria “Middle Earth” e contava com a direção de James Strong e roteiro de Angus Fletcher, porém foi engavetado.

Então o projeto foi retomado e houve a contratação do diretor finlandês Dome Karukoski e dos roteiristas David Gleeson e Stephen Beresford.

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O diretor Dome Karukoski

O filme, chamado Tolkien, contará a vida de J.R.R Tolkien durante seus anos de formação e como um jovem durante a Primeira Guerra Mundial.

O filme “também explora os primeiros anos como artista, quando você está de certa forma confrontando sua imaginação”, diz Karukoski em entrevista ao USA Today. “Muitas vezes há medo nisso, também, em como sua imaginação começa a brincar com você, especialmente a mente de um gênio como Tolkien.”

A sinopse oficial (tradução livre):

Tolkien explora os anos de formação do autor órfão ao encontrar amizade, amor e inspiração artística entre um grupo de colegas excluídos da escola. Isso o leva para a eclosão da Primeira Guerra Mundial, que ameaça pôr um fim à “sociedade”. Todas essas experiências inspirariam Tolkien a escrever seus famosos romances da Terra-média.

John Ronald Reuel Tolkien nasceu em 1982 em Bloemfontein (Estado Livre de Orange, hoje parte da África do Sul). Órfão na infância, cresceu na Inglaterra sob a tutela do padre Francis Morgan junto com o irmão, Hilary. A amizade é um elemento forte e muito presente na vida de Tolkien. Em 1911 ele fazia parte do T.C.B.S, um grupo de amigos da King Edward’s School que se encontravam regularmente. E com apenas 16 anos conheceu a mulher com quem se casaria, Edith Bratt.

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J.R.R. Tolkien e Edith Bratt

O filme conta no elenco principal com Nicholas Hoult como o professor Tolkien e Lily Collins como Edith Bratt.

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Nicholas Hoult e Lily Collins

Harry Gilby interpretará Tolkien em seus primeiros anos de adolescência.

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Harry Gilby será o jovem Tolkien

Outro papel importante é de Colm Meaney, que viverá Francis Morgan, padre e tutor de Tolkien após este se tornar órfão.

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Colm Meaney

Também ficamos sabendo que haverá um personagem de nome “Sam” (certamente não é uma coincidência — referência clara a Samwise Gamgi, personagem de enorme importância em O Senhor dos Anéis), interpretado por Craig Roberts. Ele será um amigo próximo de Tolkien que serviu com ele na Primeira Guerra Mundial.

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Craig Roberts

Além destes, também estão no filme os seguintes atores: James MacCallum como o irmão Hilary Tolkien, Tom Glynn-Carney como Christopher Wiseman (membro do T.C.B.S), Anthony Boyle como Geoffrey Bache Smith (membro do T.C.B.S), Patrick Gibson como Robert Q. Gilson (membro do T.C.B.S), Mimi Keene como Edith Tolkien jovem, Guillermo Bedward como Hilary Tolkien jovem e Genevieve O’Reilly em papel desconhecido.

Em entrevista ao USA Today, Nicholas Hoult diz que “quando você assiste as entrevistas com ele (Tolkien) mais tarde na vida” você percebe que ele possui “aquele senso de humor britânico seco e irônico, e obviamente também é profundamente amoroso”.

No centro do filme está o romance entre o autor e Edith Bratt, que ele conheceu aos 16 anos, mas que foi mantido longe por seu tutor Francis Morgan até atingir os 21 anos, para se focar na escola.

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Tolkien e Edith em momento romântico

“Ela manteve-o muito honesto e cuidou dele durante todos os problemas difíceis em sua vida”, diz Hoult de Edith. Mas ela “também o estimulou a criar o que ele criou e deu a ele a base para poder fazer isso”.

O filme mostrará Tolkien como um estudante obsessivo por idiomas e procurando se encaixar. Ele encontra seu elemento com os amigos da escola Christopher Wiseman, Geoffrey Bache Smith e Robert Quilter Gilson, “que estão todos encontrando seu caminho no mundo”, diz Nicholas Hoult. O grupo formado por eles, chamado de “Tea Club and Barrovian Society” (T.C.B.S.), “deu a Tolkien a confiança para perseguir seus sonhos” e também o acompanhou até a Primeira Guerra Mundial.

O filme leva-o para as terríveis linhas de frente (os chamados fronts), incluindo a Batalha do Somme, e mostra como ele foi enviado de volta para a Inglaterra depois de contrair febre da trincheira. Posteriormente, ele tem visões e sonhos com “elementos míticos”, diz Hoult. “Há uma imaginação mais sombria que ele não conseguia entender.”

Haverá no filme elementos que referenciam as inspirações por trás das obras sobre a Terra-média. A própria Edith foi uma inspiração para a personagem Lúthien. Mas, ao mesmo tempo, “você não quer martelar a cabeça do público com isso, se possível”, diz Nicholas Hoult. Já podemos nos preparar para tentar identificar todas as referências!

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Parede repleta de anotações e desenhos que inclui a escrita em runas dos Anãos de Tolkien

Na entrevista, Hoult também diz que se tornou um aficcionado por Tolkien quando os diretores Chris e Paul Weitz lhe deram uma cópia de “O Hobbit” no set do filme “Um Grande Garoto” (2012). Agora, depois de interpretar o autor, Hoult acha “notável” conhecer o contexto que originou o livro, e “as dificuldades que ele estava enfrentando, e como ele transformou isso em algo incrível e que influenciou a vida de tantas pessoas.”

O diretor Karukoski também é fã há muito tempo e está lendo “O Hobbit” para seu filho de 4 anos e meio, Oliver. Com Tolkien, era importante para o cineasta contar todas as histórias do professor “porque não há apenas uma narrativa na vida dele que o tenha formado por completo”, diz ele. “É por isso que você tem que contar a história de Edith, mas também precisa contar a história da experiência da sociedade [de amigos], sua experiência pessoal em Mordor.”

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Tolkien forma uma sociedade com seus colegas de escola

Um elemento curioso da vida de Tolkien é que ele jogava Rugby quando mais novo, fato que aparentemente será retratado no filme, conforme mostra algumas imagens:

Em entrevista ao portal ComingSoon.net, o diretor diz que: “Como um fã de longa data dos livros de J.R.R Tolkien, é um privilégio trazer um dos maiores escritores da história para a vida [nas telas]. As obras de Tolkien nos ensinam que mesmo quando encontramos um obstáculo do tamanho de Smaug, com o apoio e o espírito de luta de amigos incríveis, podemos conquistar monstros e criar magia. Isto não é apenas a história da vida de Tolkien, mas também a da realização deste filme. Sou incrivelmente grato a nossa equipe e elenco, incluindo Nicholas, que se preparou por meses. Vou valorizar essa experiência sempre”.

Já os produtores David Greenbaum e Matthew Greenfield da Fox Searchlight Pictures — que estão encabeçando o projeto —, afirmam: “Estamos entusiasmados em trabalhar com o  aclamado cineasta Dome Karukoski para trazer esta história extraordinária de amor, amizade e o poder da imaginação para a tela. Nicholas e Lily são dois dos talentos emergentes mais empolgantes por aí, e não pudemos pensar em uma dupla melhor para capturar o incrível romance de J.R.R e Edith Tolkien”.

Em janeiro de 2019 foi divulgada a data de lançamento do filme nos EUA: 10 de maio de 2019, durante o verão.

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No dia 12 de fevereiro de 2019 houve o lançamento do primeiro trailer oficial, em uma exclusiva para o portal TheOneRing.net. O Tolkien Talk legendou o trailer em português:

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=z9ghmRPbYTw&w=560&h=315]

O trailer é cheio de referências tolkienianas, e neste vídeo o destrinchamos cena por cena:

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=cflhcvJQhYQ&w=560&h=315]

O filme segue sem previsão de estreia no Brasil.

Galeria de Imagens

Fontes

 

Escriba mais perspicaz de Pelargir, é apresentador do Tolkien Talk, Editor e responsável pelos textos do site.